quinta-feira, novembro 03, 2005

As barangas também amam

Postado por Elisandro Borges

Seus olhos marejados de dor, me fazem pensar no amor. E sua pele nutrida de furinhos me lembram um queijo minas que papai trazia de Araxá. Como era bom encher o seu rostinho de coca-cola e sugar o restinho que sobrava nas pequenas crateras causadas pelas espinhas-monstro. Ai, baranga! Saudade de te ver correndo de braços abertos e flagrar as manchas de suor que ficavam expostas em seu vestido discreto, cor abacate. Sua graça, seu andar pesado e recheado de charme! É o começo! O começo de um amor sublime. O amor que supera a barreira da feiúra. Meu amor, não existe a feiúra em si, mas sim a proprietária desta. Ser dona de uma feiúra tão esplendida não é pra qualquer pessoa. É por isso que te amo, baranga! É porque sou egoísta demais e prefiro comer uma sardinha sozinho a ter que dividir uma lagosta. Vem me amar no mar! Vamos rolar na areia quente, quero ver você pelando, toda empanada, só pra mim. Sorria, sorria... Estarei aqui pra você, só pra você, minha baranga do agreste!

Ouça em alto e bom som: Dave Matthews Band - Gravedigger

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