domingo, junho 26, 2005

Dias de sol

Postado por Elisandro Borges

Mesmo sós, no fundo somos de alguém por um tempo ou pro resto da vida. Somos, nem que seja vagamente, por um pouco, de leve, vez ou outra. Sempre existe ao menos um resquício de amor na vida de cada um. Você viaja, conhece pessoas, mas acaba que existe alguém que te faz a cabeça, por mais impossível que seja esse alguém, por mais que você queira fugir e se esconder. Quero continuar me escondendo do mundo ou de outros amores, sei que estou perdendo o juízo, se é que ainda existe algum por aqui. Preciso de tempo pra me curar, talvez seja uma porção, um espaço de tempo por si só.

Eu sei, me divirto, também tenho meus dias de sol, tenho bons e memoráveis acessos de riso, tenho meus dias de trégua e tequila. Tenho os dias de macarronada com os amigos, tenho o cansaço satisfatório pós-expediente. Tenho planos bobos, mas significantes para que minha vida siga adiante. Tenho os acordes que me fazem fechar os olhos e abrir a alma, tenho cinema e pipoca. Tenho frio e calor necessário. Tenho o barulhinho de neném-sobrinha pertinho de mim tentando balbuciar qualquer coisa. Tenho o descanso de domingo, o sábado à tarde, telefone e e-mail. Tenho saúde. Amor não é vão, amor não é em vão...

Ouça em alto e bom som: Papas da Língua - Um dia de sol

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