quarta-feira, agosto 18, 2004

Voragens de dezembro

Postado por Elisandro Borges



Não importa quão longe.
Amor que alimenta o fluxo de um músculo.
Sempre inconsciente de suas batidas involuntárias.
Não entende nada, mas precisa bater. E assim bate.
São voragens de nossas origens.
Origens de dezembro, origens do fogo.
Músculo que sangra por dentro. E assim bate.
Sangue que corre na intimidade dessa pele paquiderme.
Pele que ainda expõe o frio que restou de outras temporadas.
Frio agora externo e superficial que aqui nada mais atinge.
Nada. Nada mais atinge o turbilhão que arde por dentro.
Esse turbilhão que arde por alguém.
Esse turbilhão... Que arde por
ela.

Ouça em alto e bom som:
Fiona Apple - On The Bound


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