terça-feira, outubro 24, 2006
O soluço de um lapso maior
É, tem que levar a cabeça pra consertar mesmo. Às vezes dá certo, dá certo sim. E depois estraga de novo. É igual carro velho, tem que ficar levando a carroça pro mecânico toda vez que quebra. Quem somos nós nesse mundo torto? Uma identidade? Um número? Não interessa. Tá tudo girando agora de uma só vez, assim mesmo. É como cair dentro de um liquidificador gigante, cheio de coisas e cheiros que você desconhece e depois que a bagunça termina, você dá um sorrisinho esticado só pra não perder a diplomacia.
Só que essa pessoa não é tão normal assim e acaba sucumbido aos instintos mais primitivos da ira e manda todo mundo tomar no redondo. Tem gente que quando ouve isso, abre uma skol. Então, pra certificar-se de que a mensagem chegará redonda ao besta quadrado, o sujeito brada aos ventos um belo vai-tomar-no-cú! Isso alivia a tensão. Sexo também. Meditação não, isso é papo pra boi dormir.
E eu desafio Dalai Lama! Ah, mas desafio!!! A sociedade tibetana que me perdoe, mas queria ver a silenciosa e sublime paz de um ser tão elevado espiritualmente durar em pleno Oriente Médio, com aquele tanto de bomba explodindo na cara de nego inocente. É difícil fugir da idéia de que o homem é produto do meio, ou que pelo menos muito disso seja verdade. Queria ver o poder da mente funcionar nessas horas. Mas não sejamos pessimistas, nós somos sim, responsáveis por esse miolo que carregamos durante a vida.
O que eu tava falando mesmo? Ouça em alto e bom som: Gnarls Barkley - Crazy
Post saído do forno às 4:25am