sexta-feira, janeiro 06, 2006

Um dia, sempre

Postado por Elisandro Borges

Vai, conta qual é o seu maior medo ou sua estação do ano. Uma cidade pra morrer ou o maior vexame da sua vida. Já chegou aos quarenta e percebeu que a vida não deveria ser tão séria assim? E o hábito de planejar metas pro ano novo, continua? Não saber mais o que significa o amor talvez seja apenas não querer mais rotular esse sentimento. Mudando de assunto a cada frase, o que representa uma lata de lixo pra você? E o assunto muda. Alguma crença além de Deus? Voltar no tempo e consertar uma mutação celular que definiria a vida lá na frente seria poder voltar antes de qualquer estrago.

Às vezes a gente perde muito tempo procurando a chave enquanto a porta sempre esteve aberta, ali, escancarada. Existe tanta coisa, até mulheres cheias de fetiches por caras que encaixam tranqüilamente um carro em balizas apertadas. Você gosta mais do primeiro dia do ano ou do último? Entre o último e o primeiro dia do ano, existe a passagem, a transformação, um ano virando o próximo e talvez a festa seja essa, nem para o primeiro, nem para o último, mas provavelmente pela passagem daquela ponte que divide dois anos – o velho e o novo.

E todo o processo acontece à meia noite, a passagem é à meia noite. E ela tem cor amarela, as luzes agora são todas amarelas piscando nos faróis. Não deixe os pés desprotegidos. O frio chega e eles também precisam de abrigo. O coração, tudo, todo o mundo, um dia, sempre.

Ouça em alto e bom som: Sevendust - Live Again
Post saído do forno à 01:43am

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