sexta-feira, dezembro 10, 2004

Ensaio

Postado por Elisandro Borges


Escrevo de caneta naquele papel improvisado, e pra variar, a tinta falha e minha caligrafia cambaleante vacila em revelar a insegurança de um pré-adolescente ensaiando falas de adulto. Escrevo deitado mesmo, porque se levanto, perco as idéias. Fico tentando sonhar de pé, mas funciono melhor na horizontal, onde meus olhos fechados enxergam mais de perto a vida dando voltas por entre essas divagações. E foi assim, exatamente dessa forma que descobri o amor de volta. Foi divagando sem pressa mesmo.

Quando não soube o que dizer, apenas cumprimentei sem maiores pretenções em princípios de conversa. Acontece que princípios de conversa podem ser princípios de histórias também. Estou feliz agora. Mesmo afirmando que sou feliz em temporadas, mesmo sabendo que os dias são feitos de surpresas - agradáveis ou ruins - aceito a pausa, tento entender as entrelinhas. Vago... Vago são esses pensamentos de caras amassadas, justamente assim como quem acaba de acordar.

Não quero construir castelos de areias, eles são frágeis por demais. Não quero ver a água levando esses caprichos. Chega de comparações baratas, porque pessoas de verdade são caras. Quero manter as pessoas reais, ainda que virtuais, bem perto de mim. Repito: pessoas de verdade são caras. Todo esforço é pouco, porque mais uma vez, pessoas de verdade são caras.

Ouça em alto e bom som:
Staind - Faded

(download aqui)


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